sábado, 12 de julho de 2014

A Garota e o Vento

A garota que amava o vento sentou-se na varanda.

Ela sentiu a brisa terna em seu rosto. O vento acariciou sua pele suave e doce. E partiu.

O vento varreu o mundo. Procurou aquela doçura nos quatro cantos, passou por lugares escuros e luminosos, mas nunca encontrou luz como a daqueles olhos castanhos. Ele nunca encontrou noite mais mágica como a daqueles cabelos.

O vento voltou para reencontrar a garota que o amava.

Ela riu saborosamente e o vento espalhou a música daquela risada pelos corações das pessoas.

O vento cantava suave e apaixonadamente para ela uma canção que agitava as folhas das árvores.

Embora não faltassem pretendentes, ela não podia esquecer a canção do vento e longe dela a canção do vento era triste e distante. Certa noite ela seguiu a canção triste do vento.

Não se soube mais dela desde então. Mais naquelas paragens os moradores juram ouvir dois ventos cantarem juntos e nas noites de brisa morna ouve-se uma canção alegre e a música de uma risada doce toma o vento e os corações das pessoas.