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Releio certos poemas meus como quem acaricia cicatrizes
São marcas de sentimentos fracassados
Histórias de batalhas perdidas
Tateio cada uma delas
Às vezes um gosto amargo invade minha boca
Noutras vezes, lágrimas ameaçam meus olhos
Ocasionalmente um sorriso tímido aparece no fundo de meu coração
Releio certos poemas meus como quem acaricia cicatrizes
Rostos que gostaria de esquecer me perseguem
E outros que gostaria de lembrar me escapam
Deslizo suavemente minhas mão sobre eles
e assustado percebo que alguns ainda não são cicatrizes
Alguns ainda são ferimentos abertos,
emoções quentes e intensas sangrando por elas
Fico em silêncio,
releio a poesia
e torço para que cada leitura seja menos dolorosa
Esse é o problema dos poemas, poesias, contos e desabafos passados. São como um machucado antigo, está ali e você sabe, ai vem alguém e joga sal e vinagre nela.
ResponderExcluirO problema é quando você se torna viciado pela dor do sal e vinagre.
Oi Cristina. Obrigado por comentar.
ResponderExcluirSabe que já pensei em apagar alguns poemas ou mesmo as dedicatórias, mas não vou fazer isto. Escrevi os poemas para ela com todo coração e sinceridade.
Tudo isto faz parte de mim agora.
E também há as boas lembranças que fazem parte de tudo isto.
E você está certa. Ficar viciado na dor é um risco.
Por favor, fique a vontade para ler e comentar mais.